quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Quando e como aplicar técnicas de estudos às crianças



Começamos um novo curso, depois de umas merecidas férias, e todos temos as melhores intenções do mundo. Mas muitas vezes ficamos apenas nisso, nas boas intenções. E temos que dizer que não vale apenas boa vontade. A gente se empenha em fazer tudo o que nos propomos, mas depois chega o difícil, manter o horário, encontrar tempo, etc., e depois de um mês já abandonamos quase tudo.

E não é falta de competência, é que não sabemos como temos que nos preparar desde o princípio.

Nos estudos é a mesma coisa.

Podemos escutar muitas vezes os adolescentes: Eu não consigo estudar!, Não me dá tempo!, Nunca gostei de matemática!... Mas eles se dão conta que quando refletem existem coisas que não vão bem.

Meu filho não gosta de estudar
- Tem crianças que se empenham durante todo um período, e quando se dão conta só fizeram uma coisa, e quando são chamados para jantar se dão conta que não sabem o que aconteceu e todos os deveres ainda estão por fazer.

- Deu branco no exame!. Levei dois dias estudando e agora não me lembro de nada!.

- É que meu filho não gosta de estudar, não é capaz de se sentar e trabalhar, passa toda a tarde em frente à TV ou no computador. Não sei o que fazer com ele!

Todos sabemos ou pelo menos nos lembramos de algumas técnicas de estudo: como devemos nos sentar diante uma mesa para estudar (retos, cômodos), com a higiene ambiental adequada (luz, calor, ruído adequado), controlar os tempos, saber fazer resumos, esquemas, etc. Mas não colocamos isso em prática.

Desde muito pequenos, devemos educá-los na disciplina e no estudo. No primário, podem ir até mais ou menos bem, mas logo chega o secundário e tudo vai por água abaixo. E não me refiro a que sejam reprovados, mas que começam a sofrer e lutar para tentar aprender de qualquer forma, quando isso se deve aprender e educar desde cedo, e além disso, em casa. E digo desde casa, porque não é responsabilidade do colégio. O professorado já sabe de memória como devem estudar, e explicam nas aulas todos os anos, mas os alunos têm que colocar em prática com apoio e supervisão da família.

Quando chegar em casa à tarde, há tempo para merendar, para falar de como foi no colégio, com os amigos, professores, piadas novas...etc. Logo começamos a trabalhar. Para isso não tem discussão. Todos temos responsabilidades e devemos cumprir com elas (se no princípio custa, pode-se recorrer a um sistema de prêmios por acordos conseguidos). Deve-se começar já com as crianças pequenas, dedicando-lhes uma horinha todos os dias: lemos um conto, fazemos um desenho, aprendemos a fazer quebra-cabeças, a recortar, a fazer os laços dos sapatos... No princípio significará termos que fazer isso todos os dias, sem exceção. Com o tempo, veremos como podemos, pouco a pouco, deixá-los a sós e ver que adotaram esse costume de trabalhar todos os dias. Se nos sobra tempo, podemos brincar, ver um pouco de televisão ou brincar no computador (sempre controlando o tempo) e sempre nessa ordem: primeiro o trabalho e depois a distração.

Existem pais que se queixam porque para merendar, os filhos se colocam em frente à TV e logo não têm como desligá-la para que comecem a estudar. Neste treinamento, para conseguir o hábito de estudar, devemos levar a sério desde o princípio, e fazê-lo bem (para comer não necessitamos da televisão).

Técnicas de estudos às crianças
Já com 7-8 anos podemos introduzir o conceito de tempo de estudo. Para evitar o exemplo anterior de que se passa toda uma tarde sem haver terminado os deveres, temos que praticar com o relógio e os horários. Por exemplo, começamos com uma palavra cruzada por dia. Controlamos no primeiro dia quanto demora (coloquemos dez minutos) e a partir desse dia propomos à criança, tentar ganhar dela mesma e superar seu próprio recorde (9-8-7 minutos). Isso não é para se afobarem com o tempo, mas para que compreendam que quando nos colocamos um tempo, as coisas funcionam de uma maneira, e quando não é assim, podemos passar horas para realizar o mesmo trabalho. Quanto antes terminem, mais tempo terão para brincar depois.

Isto servirá como aquecimento, para logo passar a uma outra atividade. Ler todos os dias pelo menos 15 minutos e também com bom ritmo.

Quando vão crescendo, a palavra cruzada pode ser substituída por algum exercício simples ou alguma matéria fácil e rápida, para logo passar a matérias que nos custe ou tenha mais trabalho no dia seguinte. Não podemos deixar para o final de semana, já que sempre haverá alguma desculpa para não fazê-lo (estou cansado, não tenho vontade, melhor que me explique amanhã...)

As crianças se acostumaram a fazer os deveres (somente os exercícios que passam na sala de aula) todos os dias e com isso já cumpriram. Isso não vale. Primeiro se estuda a pergunta e logo se fazem os exercícios.

Se uma criança está atenta na sala de aula à explicação (1º), estuda em casa (2º), aprende (3º), faz exercícios (4º), os corrige na sala (5º), faz resumo ou roteiro (6º) e repassa as perguntas de tempo em tempo (7º) até o dia da avaliação, como não vai saber a lição para o dia do exame depois de ter repassado pelo menos 7 vezes a mesma pergunta?

Claro que se não está atenta na sala de aula, não faz os deveres e estuda um dia antes do exame, já sabemos como sairá.

Quando começamos a educar os filhos, devemos ter claro que buscamos o melhor para eles, e nessa vida as coisas se conseguem com esforço. Com essa disciplina, que queremos ensiná-los para seu bem, vamos poder chegar à conclusão que todos estamos cansados, mas que eles têm seu trabalho pela tarde, igual a nós com comidas, no passar roupas, ajudar os filhos nas tarefas...e o fazemos com gosto. No final do dia, uma vez realizadas nossas tarefas, podemos descansar, ler, etc. E deitaremos com a satisfação do dever cumprido.

María Concepción Luengo de Pino
Psicopedagoga

Fonte: http://br.guiainfantil.com/

sábado, 15 de outubro de 2011

Feliz DIA TODOS os DIAS!




"O que aprendi com meus mestres, muitas vezes nem mesmo eles sabiam que sabiam ou pretendiam ensinar. O que aprendi com a vida, com o viver, muito provavelmente nem eu mesmo pretendia aprender. O que ensinei, muito provavelmente deva estar além, ou aquém, ou simplesmente em outra direção com relação às minhas intenções. O que ensinei, muitas vezes não aprendi; e o que aprendi, muitas vezes não ensinei. Aprendi com a criança indígena que acariciava um animal; ensinei o transeunte que me observava? Aprendi com o tempo transfigurado na face de meu pai; ensinei minha filha com minha ausência, no inverno passado? Aprendi com as árvores e ensinei a mim mesmo, até aprender a des-a-prender. Aprendi, e tantas vezes reaprendi o sentido do meu próprio prazer, ao prender, ao trazer a mim, ao me surpreender, e ao me desprender, por me reencontrar."

Sérgio Augusto Sardi

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Você sabe como surgiu o Dia do Professor?

Compartilho com vocês a apresentação da ilustre Júlia Eugênia Gonçalves, psicopedagoga:

Clique na imagem para abrir o link!

domingo, 9 de outubro de 2011

TRANSTORNOS E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: entendendo melhor os alunos com necessidades especiais

Em primeira mão: a capa do livro!

O livro será lançado pela WAK Editora na Bienal do livro de Salvador/BA.

Faço parte desta obra organizada pelas psicopedagogas Simaia Sampaio e Ivana Braga de Freitas, com o artigo sobre Autismo e Síndrome de Asperger.

Em breve estará à venda pelo site da Editora WAK e nas melhores livrarias!

"Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. 
Quando se sonha junto é o começo da realidade." 
D. Quixote




sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Dislexia: conhecendo particularidades

Dia 04 de outubro tive a oportunidade de realizar uma oficina sobre Dislexia com o grupo de professores da Escola Estadual Edna May Cardoso, em Santa Maria/RS.
A oficina faz parte das ações da equipe diretiva e grupo de professores frente a necessidade de conhecimento, partilha de experiências, bem como a busca por novas perspectivas a fim de qualificar suas ações em sala de aula frente a diversidade.
Foi um prazer ter estado entre esse grupo comprometido com a educação!
Seguem alguns registros do encontro:



Vídeo apresentado durante a oficina:


Por Rosanita Moschini Vargas

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Encontro Grupo de Psicopedagogos

Nos dias 16 e 17 de setembro nosso grupo reuniu-se em Porto Alegre/RS com o objetivo de compartilhar vivências psicopedagógicas.
Este grupo faz parte do Atendimento Didático-psicopedagógico para Psicopedagogos, coordenado por Alicia Fernández, com encontros trimestrais.
Na ocasião, nossa ilustre coordenadora, nos presenteou com o pré-lançamento de seu livro "A atenção aprisionada: psicopedagogia da capacidade atencional", traduzido para o português por Neusa Hickel e Regina Sordi e editado pela Editora Penso.

Clique na imagem e adquira o seu exemplar!

O momento foi de muita alegria e celebração, uma vez que foi um pré-lançamento num "espaço de intimidade", como a própria Alicia descreveu.
Segue abaixo algumas fotos que traduzem o momento especial!

Alicia Fernandez e Regina Sordi

Alícia presenteando Regina com o livro em espanhol.

Um brinde à Psicopedagogia, aos fios que nos ligam!


Autógrafos... 


Momento especial...


Queridas colegas e amigas... 
Da esq para a dir Tania Franciosi, Suzi Rodrigues de Sá, Lucimara Maia, Alícia Fernandez, Rosanita Moschini Vargas, Nargel Kirsch, Olívia Teixeira, Beatriz Molinos e Luccia Vellozo (que nos fotografou!).

Ao lado do banner que nos recepcionou...

Todas reunidas!

Grande momento... compartilhando vivências, resignificando, sustentando!
E nesse caminhar vamos tecendo fios, interligando-nos.


Por Rosanita Moschini Vargas